Comunicado Sinteps na GREVE nº 11 – 06/3/2014
TEMPO DE LUTAR POR NOSSOS DIREITOS E NOSSA DIGNIDADE!
Caros grevistas,
Após nenhum descanso no Carnaval, seguimos em frente em nossa luta para a conquista de um plano de cargos e salários que efetivamente valorize os trabalhadores do Centro Paula Souza.
Este dia 06/03 foi marcado por uma grande e trabalhosa reunião do Comando Geral de Greve, que aprovou a continuidade da greve e as estratégias para reaver as perdas impostas pelas secretarias e Comissão de Política Salarial do governo Alckmin. O dia tambem foi marcado por uma série de comunicados da superintendência, aos quais respondemos: Só há plano de cargos e salários porque estamos em greve.
“Bom cabrito é o que mais berra”. Esta é a máxima que já ouvimos do governo inúmeras vezes. Portanto, se “no contexto estadual onde a maioria das categorias está pleiteando reajustes” desistir da luta significa aceitar um plano de cargos e salários péssimo, onde nosso tempo de trabalho, nossas titulações e nossos esforços para manter a qualidade em nossas escolas será jogado fora, não o faremos. Continuamos berrando porque somos de luta e temos dignidade.
A superintendência assumiu que o proposto é “nossa proposta”, ou seja, é o que o CEETEPS defende – para docentes e auxiliares de docente. Então, isso nos leva a concluir que o CEETEPS defende a não contagem de tempo de serviço e a não valorização pela titulação!!!!!!!! Quanto aos servidores administrativos, a história mostra que a atual administração nunca os defendeu mesmo, pois foi na gestão da Profª Laura que se inauguraram os reajustes diferenciados para docentes e servidores.
Brilhante é o nosso trabalho, que continua a nos guiar na certeza de que melhores dias e melhores salários são possíveis. Mente a Profª Laura ao dizer que os motivos que levaram a categoria à greve se encerram com a apresentação do plano. Não, Profª Laura, os motivos que nos levaram à greve foram pelo encaminhamento e VOTAÇÃO do plano discutido e aprovado pelos trabalhadores!
Perguntamos ao Sr. Rodrigo Garcia: Se não tem dinheiro para atender as reivindicações dos trabalhadores, por que o governo vai inaugurar mais 30 ETECs e 20 FATECs? É só para inaugurar e constar da matemática eleitoral?
Como vão colocar gente dentro das escolas se nas atuais já há uma falta insustentável de trabalhadores, causada pelos baixos salários – os menores da Educação Profissional e Tecnológica do Brasil? Aliás, trabalhadores que já não têm quaisquer benefícios e os poucos que têm, até garantidos constitucionalmente, são cortados pelo seu brilhante plano.
O governo continua tapando o sol com a peneira e, pela segunda vez consecutiva, a Comissão de Política Salarial enquadra os servidores de uma autarquia como se fossem servidores da administração direta, equiparando os salários à lei 1080/08. Por que não os equipara à Unesp, nossa autarquia mãe?
Cadê a incorporação do prêmio, se os salários enviados à Alesp são menores do que os apresentados na “Síntese dos Diretores”? É seria a resposta da superintendente, de que “a decisão do Dr. Geraldo foi a equiparação à 1080, porém, de forma que o prêmio de 100% já fosse incorporado ao salário desde já.”? Que contas são estas?
Como alentar os trabalhadores que “receberam” zero ou quase nada depois de tanto se dedicar à instituição?
A única batalha vencida até agora é a materialização do projeto do governo, que, repito, somente aconteceu por conta da greve.
Várias batalhas ainda serão travadas na Alesp, onde já há audiência pública prevista para a discussão do projeto (ainda sem data), já há ato público marcado para o dia 11/3, já há emendas a serem discutidas e votadas pelos deputados.
Caros companheiros trabalhadores das ETECs e FATECs: Não se intimidem com as ameaças de corte de ponto. Este somente poderá vir a acontecer no pagamento de abril (caso a justiça não nos proteja do abuso do empregador) e, até lá, muita água ainda vai rolar... Também, se acontecer, além de ser de apenas 12 dias (os dias não trabalhados em fevereiro), abril é o mês do pagamento do Bônus, como mesmo afirmou a Profª Laura em um dos seus inúmeros comunicados. Fôlego o trabalhador terá até que a negociação dos dias parados aconteça.
Cuidado com calendário de reposição sem garantia de direitos. Não se esqueça de que quem vai lhe impor este calendário é a sua unidade, porque a categoria ainda está em greve e não há negociação do Sindicato com o empregador para a reposição. Então, você pode ser obrigado a assinar documentos que o prejudiquem no futuro ou fazer uma reposição sem garantias funcionais.
A hora é de união. Todos conheceram o plano, todos viram que não há uma perspectiva de progresso na carreira. Todos se sentiram frustrados com a enganação e a enrolação. SE alguém tinha dúvidas, TODAS ELAS FORAM ESCLARECIDAS.
A CERTEZA QUE NOS RESTA É:
A GREVE CONTINUA E AOS TRABALHADORES QUE AINDA NÃO ESTÃO EM GREVE, É TEMPO DE LUTAR. JUNTEM-SE A NÓS, PORQUE JUNTOS CONQUISTAMOS MAIS.
Silvia Elena de Lima
Presidente do Sinteps
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